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Bela e o Balé


O livro "Bela e o Balé" tem a sensibilidade perfeita para um tema tão complexo. Escrito por Lucelena Ferreira e sua filha Bela, ilustrado por Anderson Tibau e o pequeno desenhista Theo e publicado pela Editora Antigo Leblon, a leitura permeia entre a doçura do sonhar com o doloroso do real.

Bela tem um sonho. Ser bailarina. Mas Bela tem um corpo forte, é desajeitada para dançar, gosta de jogar futebol e parece que seu modo de se vestir não é muito apreciado.

Bela continuava a sonhar ao mesmo passo que continuava a ouvir contestações. Tinha que se tornar a princesa perfeita, era preciso sair de seu próprio aspirar e de seu próprio jeito de ser para se tornar bailarina. Era o que lhe diziam. . .

Mas Bela tinham um poder, além de ter a coragem de um acrobata, ela dançava levantando poeiras bem antigas.


Quantos sonho são aniquilados em nome de padrões que a sociedade determina? Muitos. Infelizmente muitas vezes isso começa a acontecer dentro da própria família, partindo daqueles que deveriam apoiar e estimular. Ser a base forte. Mata-se um sonho também nas instituições, no meio dos amigos e isso se estende para todos os âmbitos sociais. Deixar um sonho seu guardado é diferente de manter um sonho encarcerado, quando esse parece ter todas as possibilidades de acontecer, ou de pelo menor tentar acontecer. Sem perder a beleza voltada para a infância e com um texto poético e sensível, o livro possibilita o pensamento encorajador de valorizar as próprias singularidades já na infância. E as ilustrações? São tão singelas.

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